Cuidados na escolha do seu crédito à habitação
Dedicar tempo e atenção a escolher o crédito à habitação pode significar poupar muito dinheiro em taxas e comissões.
Conheça quais os fatores que deve ter em conta na contratação do seu empréstimo.
Se vai comprar habitação própria com recurso ao financiamento a crédito, nada melhor do que estudar com todo o cuidado e detalhe as condições que cada instituição financeira oferece. Preparámos dicas para ajudá-lo a comparar várias propostas e ficar mais esclarecido sobre o empréstimo que vai contrair.
1) Negocie o spread: spread é diferente de taxa de juro
Em primeiro lugar, deve compreender o que é o spread, pois a maioria das pessoas considera que é o mesmo do que a taxa de juro e, na verdade, são taxas diferentes.
O spread bancário é a diferença entre o valor que um banco paga em juros para captar investimento e o valor que cobra por emprestar dinheiro ou por outras operações bancárias, acrescida de custos administrativos e impostos.
Já a taxa de juros é a percentagem que uma instituição financeira cobra por emprestar dinheiro e que é definida de acordo com as regras e índices máximos estabelecidos pelo Banco de Portugal.
Como se percebe, o spread pode variar de banco para banco, portanto, é ter atenção ao spread praticado é um dos primeiros cuidados a ter.
Procure negociar um valor o mais baixo possível e para o conseguir deve tentar apresentar ao banco um índice de risco reduzir – a estabilidade financeira e taxa de esforço contribuem para tal, assim como o prazo de pagamento do empréstimo e a aquisição de produtos associados, como seguros de saúde e de multirriscos.
2) Conheça quais os custos do empréstimo: que é a TAEG e o MTIC?
Para além do spread, há outros dois elementos que deve dar atenção imediatamente: a TAEG e o MTIC, que indicam os custos que vai pagar pelo seu crédito.
A TAEG é a taxa anual de encargos efetiva global e corresponde à percentagem anual de encargos cobrada sobre o montante do empréstimo, sendo estes encargos os juros, as despesas do processo, as comissões de gestão e processamento, impostos e seguros associados. Ou seja, é o total anual dos custos com o empréstimo.
Já o MTIC é o montante total imputado ao consumidor e corresponde à soma do empréstimo pedido com todos os custos (juros, despesas de processo, comissões, custos administrativos e impostos. etc.).
3) Escolha a taxa de juro: fixa, variável ou mista?
A taxa de juro é a percentagem de juros a cobrar a alguém pelo empréstimo de dinheiro ou a pagar a alguém pelo investimento de dinheiro em aplicações financeiras, como planos de poupanças, depósitos a prazo e fundos de investimento. No caso dos empréstimos, a taxa de juro pode ser fixa, pode ser variável ou mista:
- A taxa de juro fixa é estabelecida pela instituição financeira e a sua percentagem pode ser negociada, mediante condições acordadas entre as partes; nesta modalidade, o valor das prestações mensais do empréstimo é sempre o mesmo, independentemente das flutuações dos mercados;
- A taxa de juro variável está dependente das flutuações das taxas de juro de referência nos mercados financeiros, que no caso de Portugal é a Euribor (European Interbank Offered Rate). A Euribor é obtida pela média de juros praticados pelos bancos da zona euros e é definida diariamente, sendo aplicada a vários prazos (mínimo uma semana, máximo 12 meses); se optar por esta modalidade, o valor das prestações mensais terá oscilações e poderá baixar ou subir;
- A taxa de juro mista é uma confluência das duas anteriores e traduz-se em prestações mensais de valor fixo durante determinado prazo e em prestações mensais de valor variável no restante prazo do empréstimo.
É importante avaliar as vantagens e desvantagens de cada modalidade face às perspetivas da sua situação financeira.
4) Pondere o prazo de pagamento: mais curto ou mais extenso?
O prazo de pagamento é outra das condições que tem de ponderar muito bem, pois há semelhança da taxa de juro, nem sempre pagar prestações mais baixas por mais tempo significa poupar mais dinheiro. Regra geral, nos prazos mais alargados o valor do empréstimo dilui-se em prestações mensais mais baixas, mas acarreta mais custos administrativos mensais. Tudo somado e feitas as contas, no final a quantia paga será mais elevada do que aquela que se pediu emprestada.
5) Verifique quais os seguros e produtos associados
Finalmente, deve ter em atenção os produtos que as instituições procuram vender associados à contratação de crédito, cuja aquisição pode ser uma vantagem na negociação do spread e de outras taxas, mas que pode aumentar os custos a pagar pelo empréstimo. Exemplo são os seguros de saúde e de multirriscos, cartões de débito e de crédito, planos de poupança reforma e aplicações financeiras. É importante saber que não é obrigado a comprar estes produtos.
Analise cada fator, compare as condições que cada instituição financeira oferece e confronte com a sua situação financeira (com a taxa de esforço incluída). Assim, conseguirá negociar um contrato de empréstimo mais favorável.
Necessita de ajuda ou de esclarecimentos? Não hesite e fale já connosco, vamos acompanhá-lo no processo de compra e venda de um imóvel, incluindo na contratação do empréstimo mais adequado para si e para a sua família – a imovendo orgulha-se de ter consultores imobiliários e peritos de topo focados na missão da compra e venda da sua casa.
Serviço imovendo de mediação imobiliária
As vantagens de vender com a imovendo
Tópicos relacionados com imovendo